O português Antônio José de Magalhães Bastos foi um grande comerciante e deixou contribuições para a cidade do Recife. Entre vários pedidos, ele expressou, em seu testamento, o desejo de fundar o “Asylo da Infância desvalida de ambos os sexos”. Essa missão, segundo ele, seria da Santa Casa de Misericórdia do Recife, a quem doou parte de seus bens. Missão que a Santa Casa honra até os dias de hoje.
Anos depois, o local foi rebatizado de Educandário Magalhães Bastos, em homenagem ao comendador, mas continua sendo espaço de educação e assistência a crianças em situação de vulnerabilidade.
Lá, os estudantes têm acesso a diversas atividades no contraturno escolar, como informática, educação física, dança, inglês, além de apoio nutricional, psicológico e odontológico.
Motorista da Santa Casa Recife há 10 anos, Luiz Monteiro recorda o tempo de infância que passou no educandário. “Foi aqui no Educandário Magalhães Bastos que eu fui alfabetizado. Foi um momento muito bom pra mim, aprendi muita coisa boa”, disse. “Hoje faço parte do time da Santa Casa de Misericórdia do Recife. Trabalho com dedicação e empenho! É gratificante”, completou.
Localizada na Várzea, a unidade tem uma enorme estrutura, com salas de aula, pavilhões, horta, quintal, espaço de jogos, cozinha, refeitório, consultório odontológico e capela. O imponente prédio chama atenção por quem passa no bairro e foi construído por Napoleão Duarte, em 1897.
Foi, por décadas, dirigido pelas Filhas da Caridade, as irmãs “Vicentinas”. Atualmente, conta com um corpo gestor multidisciplinar e altamente capacitado para atender cada vez melhor as crianças e suas famílias.
Todos os anos, a pedido do próprio Magalhães, é realizada uma missa em sua memória. Neste ano, excepcionalmente, o evento não será realizado por conta da pandemia, mas registramos aqui a nossa eterna gratidão ao homem que deu início a uma obra tão grandiosa e importante para o futuro das gerações.
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Texto/imagens: Comunicação Santa Casa Recife
